A agência nuclear da ONU diz estar "profundamente" preocupada com a relutância do Irã em retomar as inspeções.

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A agência nuclear da ONU diz estar "profundamente" preocupada com a relutância do Irã em retomar as inspeções.

A agência nuclear da ONU diz estar "profundamente" preocupada com a relutância do Irã em retomar as inspeções.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, expressou "grande preocupação" na quinta-feira sobre a relutância que percebe no Irã em retomar as inspeções de instalações nucleares após os ataques de Israel e dos Estados Unidos.
Em entrevista à emissora francesa RFI, Grossi reconheceu que há "uma certa tensão" nas relações entre a AIEA e o Irã, onde "há vozes políticas" que acreditam que a agência da ONU "foi tendenciosa" porque não condenou os ataques israelenses, levando os parlamentares a votarem pela suspensão da cooperação.
O diretor-geral disse que, após o cessar das hostilidades, escreveu ao ministro das Relações Exteriores iraniano para dizer que eles precisavam se sentar à mesa e que planejava ir ao Irã imediatamente para retomar as inspeções, mas não recebeu nenhuma resposta até agora.

Base nuclear do Irã Foto: Google Maps

A este respeito, ele lembrou que a presença da AIEA no Irã "não é um gesto de generosidade", mas sim "uma obrigação legal ", uma "responsabilidade internacional" do Irã, como membro do Tratado de Não Proliferação Nuclear, que estipula que deve haver "um sistema de inspeção".
Ele disse esperar que as inspeções começassem, pois, caso contrário , "estaríamos à beira de uma nova crise" e ele teria que convocar o Conselho de Governadores. Isso "poderia ter consequências extremamente graves", pois deixaria Teerã fora do Tratado de Não Proliferação Nuclear, o que, em sua opinião, "não é da sua vontade nem do seu interesse".

Os EUA lançaram até seis bombas anti-bunker e 30 mísseis Tomahawk contra seus alvos nucleares no Irã. Foto:

Por que há tensões entre a AIEA e o Irã?
Grossi indicou que, antes da guerra, o Irã não cooperava adequadamente e que ele mesmo havia dito que essa cooperação "era limitada" porque "havia muitas questões às quais o Irã não respondia adequadamente".
"Encontramos vestígios de urânio em lugares onde não deveríamos, e as respostas deles não foram confiáveis. Houve dissimulação e, de qualquer forma, não houve transparência", disse ele.
Mas ele continuou ressaltando que, embora "o Irã tenha material suficiente" para cerca de uma dúzia de bombas atômicas, como ele mesmo afirmou repetidamente, "o Irã não tinha uma arma nuclear".

Donald Trump e Ali Khamenei. Foto: Internacional

Sobre a questão de se o bombardeio de instalações nucleares pelos EUA eliminou a possibilidade de o Irã ter a bomba por décadas, como afirmou Donald Trump, Grossi considerou isso uma declaração "mais política" com um objetivo militar.
"É verdade que, com suas capacidades reduzidas, será muito mais difícil para o Irã continuar no ritmo em que estava", admitiu, antes de assumir que as centrífugas da instalação de Fordó "não estão mais operacionais" após os bombardeios dos EUA.
O diretor-geral da AIEA chegou ontem a Paris, onde foi recebido pelo presidente francês Emmanuel Macron, que também destacou a necessidade de retomar as negociações com o regime iraniano sobre seu programa nuclear.
eltiempo

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